18 médicos reforçam VMER no Algarve
A equipa de profissionais de saúde das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) da região algarvia, gerida pelo Centro Hospitalar do Algarve, vai ser reforçada com 18 novos médicos que estão a terminar a formação especializada.
Este curso, realizado pela segunda vez desde 2012, pretende assim aumentar o número de recursos humanos na área da emergência pré-hospitalar e colmatar algumas falhas registadas, pontualmente, nas VMER de Albufeira e Portimão, uma vez que a de VMER de Faro tem registado uma taxa de operacionalidade de 100%.
De acordo com Luís Pereira, diretor do Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos, “os médicos iniciam a sua atividade já na segunda quinzena de Fevereiro, uma vez que neste momento decorrem ainda os estágios e a formação específica no terreno”.
No que respeita à segurança dos cidadãos em termos de emergência na região, o médico Luís Pereira frisa que o Algarve dispõe atualmente de uma rede muito completa e bem estruturada, uma vez que, para além desde reforço de profissionais nas VMER, conta com o INEM que operacionaliza um vasto conjunto de meios terrestres, bem como um helicóptero sediado em Loulé.
Defendendo uma boa distribuição dos recursos no território, do sotavento ao barlavento, Luís Pereira adianta que esta rede de urgência é ainda complementada e fortemente apoiada pelos Serviços de Urgência Básica instalados em Vila Real de Santo António, Loulé, Albufeira e Lagos.
“Paralelamente a isso, os concelhos situados nos extremos do Algarve, são ainda apoiadas por ambulâncias com suporte imediato de vida (SIV). A zona do sotavento tem uma SIV em Tavira e outra em Vila Real de Santo António e do outro lado tem uma SIV em Lagos, pelo que todos estes meios respondem perfeitamente às necessidades da população residente e volante”, reforçou o diretor do Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Algarve.
Em termos hospitalares a integração da coordenação das equipas afetas à VMER permitiu consolidar, de forma mais articulada, toda a resposta em Emergência e Urgência, garantindo um modelo de gestão mais eficaz no Serviço de Urgência, no qual todas as especialidades estão presentes 24h por dia.
A título de exemplo e evidenciando os bons resultados Luís Pereira, sublinha que, pela primeira vez em décadas, as urgências do Hospital de Faro que eram apresentadas nas notícias pelas piores razões devido a colapsos, este ano foram notícia pela positiva, uma vez que foram das poucas do país que não colapsaram neste período de inverno.
«Isso só foi possível porque remodelámos toda a estrutura física da urgência, com espaço adequado para colocar os doentes em maca e com os circuitos agilizados. Houve um maior envolvimento dos profissionais a todos os níveis, desde os internos do primeiro ano até aos especialistas mais seniores com chefias de equipa e equipas fixas. A própria instituição assumiu a Urgência como uma tarefa do hospital, o que permitiu ter os resultados bons que nós temos. Iremos aplicar esse modelo na nossa urgência em Portimão», concluiu.