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«1º Encontro Transfronteiriço sobre Reabilitação Cardíaca», Andaluzia – Algarve, Huelva

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 Realizou-se no dia 25 de Fevereiro de 2010, na Universidade Internacional de Andaluzia – Sede Santa de Maria de lá Rábida, Huelva – o «1º Encontro Transfronteiriço sobre Reabilitação Cardíaca» entre as regiões homólogas de saúde algarvias e andaluzas. Contou na Sessão de Abertura com a presença do vogal do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Algarve IP, Dr. Joaquim Ramalho, do Director do Plano Integral de Cardiopatia de Andaluzia, Dr. Juan Miguel Torres Ruiz, da Dr.ª Maria Fernanda Raposo, Sub-Directora de Directoria de Programas y Desarollo do Serviço Andaluz de Saúde e da Delegada Provincial da Consejería de Salud de Huelva, Dra. Maria José Rico Cabrera.

 

 

 

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 Realizou-se no dia 25 de Fevereiro de 2010, na Universidade Internacional de Andaluzia – Sede Santa de Maria de lá Rábida, Huelva – o «1º Encontro Transfronteiriço sobre Reabilitação Cardíaca» entre as regiões homólogas de saúde algarvias e andaluzas. Contou na Sessão de Abertura com a presença do vogal do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Algarve IP, Dr. Joaquim Ramalho, do Director do Plano Integral de Cardiopatia de Andaluzia, Dr. Juan Miguel Torres Ruiz, da Dr.ª Maria Fernanda Raposo, Sub-Directora de Directoria de Programas y Desarollo do Serviço Andaluz de Saúde e da Delegada Provincial da Consejería de Salud de Huelva, Dra. Maria José Rico Cabrera.

 

 

 

O Encontro juntou gestores, profissionais de saúde e especialistas na área da Reabilitação Cardíaca, no âmbito hospitalar, dos dois lados da fronteira, com o objectivo de partilharem as respectivas experiências, sendo a delegação do Algarve composta por profissionais do Hospital de Faro EPE, do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio EPE, e do Centro de Medicina de Reabilitação do Sul, além dos representantes da ARS Algarve IP.

 

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Foi sublinhado na sessão de abertura deste Encontro, pelo dirigente da ARS Algarve IP, a existência de uma «ambição de reforçar a colaboração e interligação com diferentes regiões europeias» com o intuito de «promover a participação e o envolvimento das pessoas» numa cooperação «que permite um relacionamento profissional informal e directo entre as diferentes instituições» e que ainda favorece um acompanhamento da «evolução de conhecimentos e de experiências» entre os profissionais de saúde, no sentido de melhorar a qualidade dos serviços de saúde para as partes envolvidas.

 

O Director do Plano Integral de Cardiopatia de Andaluzia, Dr. Juan Miguel Torres Ruiz, apresentou o «Modelo de Reabilitação Cardíaca no Plano Integral de Cardiopatia de Andaluzia», evidenciando que se pode «reduzir a mortalidade após doença ou cirurgia cardíaca em 20-25% através da reabilitação cardíaca, uma abordagem multidisciplinar e multifactorial». Sublinhou o exercício físico, a redução do tabagismo e a promoção de estilos de vida saudáveis, em geral, como «uma das intervenções fundamentais» para diminuir os níveis elevados da mortalidade por enfarte e melhorar a qualidade de vida do doente.

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Os homólogos andaluzes, especialistas nas áreas da Medicina Física e Reabilitação, apresentaram seguidamente as experiências na reabilitação cardíaca em ambiente hospitalar, nas apresentações intituladas «Organização da Reabilitação Cardíaca na Área Hospitalar da Virgem de la Victória» (Málaga) e «Organização da Reabilitação Cardíaca na Área Hospitalar da Virgem del Rocio» (Sevilla).

 

Destacando o trabalho das equipas multidisciplinares nestas duas unidades hospitalares universitárias, o enfoque esteve novamente no exercício físico, adequado e monitorizado, como tratamento essencial para os doentes na reabilitação cardíaca, mas também no apoio psicológico, para conseguir «respostas positivas fisiológicas, motoras e cognitivas», assim como alterações no comportamento do paciente, tornando os seus hábitos mais saudáveis numa vida normalizada. Revelaram que é fundamental aprender a gerir o stress, factor de risco muito presente nos doentes mais jovens.

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No decorrer do encontro, foram também apresentadas as experiências do trabalho em Reabilitação Cardíaca na Região Algarve, mais especificamente no Hospital de Faro, onde é desenvolvido desde 2007/2008, por uma equipa multidisciplinar – cardiologia, psicologia, enfermagem, nutrição, fisioterapia, assistência social – e que tem actuado essencialmente em pacientes hospitalizados por enfarte do miocárdio agudo.

 

A Directora Clínica do Hospital de Faro EPE e também Chefe do Serviço da Medicina Física e Reabilitação, Dra. Helena Gomes, apresentou «O Plano de Reabilitação Cardíaca no Algarve», tendo feito um enquadramento prévio sobre as Redes de Referenciação Hospitalar envolvidas. A Responsável pelo Programa de Reabilitação Cardíaca do Hospital de Faro EPE, Dra. Salomé Pereira, esclareceu os parceiros andaluzes sobre as diversas fases do «Programa de Reabilitação Cardíaca no Hospital de Faro», implementadas e a desenvolver, salientando que «73% dos doentes (cardíacos) entram actualmente pela Via Verde» no Hospital de Faro, com uma franca melhoria no acesso, nos últimos anos.

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Na apresentação seguinte, com o título «Um Programa de Reabilitação Cardíaca na fase hospitalar tem impacto na vida dos doentes depois de um Enfarte no Miocárdio?», o Dr. Ricardo Faria, Médico Interno de Cardiologia do Hospital de Faro, demonstrou que o tratamento desenvolvido durante os 3 a 4 dias de internamento no hospital, Fase I, constituído por educação alimentar, exercício físico, apoio psicológico e outros, resulta numa «significativa redução» de tabagismo e de sedentarismo entre os pacientes, melhorando ainda a adesão à terapêutica medicamentosa.

 

Numa perspectiva de consciencializar o doente, tornando-o mais responsável pelo seu estado de saúde, é ainda desenvolvido um acompanhamento psicológico dos doentes, mesmo após a alta, tendo sido comunicados alguns resultados deste trabalho pela Dra. Ana Valente, Psicóloga Clínica da Equipa de Reabilitação Cardíaca do Hospital de Faro, na apresentação «Traços do perfeccionismo e a sua relação com a depressão e a ansiedade em doentes com Enfarte agudo do Miocárdio».

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Demonstrando a sua satisfação na sessão de encerramento deste «1º Encontro Transfronteiriço sobre Reabilitação Cardíaca», a Dra. Maria Fernanda Raposo Tirano, Sub-Directora de Directoria de Programas y Desarollo do Serviço Andaluz de Saúde, encerrou os trabalhos e sublinhou a importância destas partilhas, realçando os «novos e diferentes aspectos» que têm vindo a surgir em todas as reuniões realizadas até agora, tendo este fórum de competências uma grande função de adquirir informações que «complementam» o trabalho desenvolvido em ambos os lados da fronteira.

 

O «1º Encontro Transfronteiriço sobre Reabilitação Cardíaca» realizou-se no âmbito do Observatório de Saúde, estrutura independente constituída pelas duas regiões de saúde e integrado no Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal (2007-2013), tendo estas cooperações como principais objectivos analisar e acompanhar problemas de saúde nas duas regiões, proporcionar formação conjunta e contínua de profissionais de saúde do Algarve e da Andaluzia, trocar experiências e boas práticas, e promover intervenções diagnósticas e terapêuticas partilhadas.

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