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Formação e Treino factores essenciais em Medicina de Catástrofe

francesco_della_corte4.jpgUma boa preparação, organização e resposta dos serviços de saúde e hospitais são essenciais em cenários de catástrofe. Os factores chaves para uma eficaz e eficiente intervenção dos profissionais de saúde são: o planeamento e a operacionalização do plano de emergência, aliado ao treino, à formação e à disciplina dos profissionais. Quem o defende é o Professor Francesco Della Corte, Director do European Master in Disaster Medicine – Universidade de Piemonte Orientale «A. Avogadro» e Universidade de Bruxelas, convidado pela ARS Algarve, IP, no dia 12 de Março, onde proferiu uma palestra dedicada à Medicina de Catástrofe, na Universidade do Algarve.

 

 

francesco_della_corte4.jpgUma boa preparação, organização e resposta dos serviços de saúde e hospitais são essenciais em cenários de catástrofe. Os factores chaves para uma eficaz e eficiente intervenção dos profissionais de saúde são: o planeamento e a operacionalização do plano de emergência, aliado ao treino, à formação e à disciplina dos profissionais. Quem o defende é o Professor Francesco Della Corte, Director do European Master in Disaster Medicine – Universidade de Piemonte Orientale «A. Avogadro» e Universidade de Bruxelas, convidado pela ARS Algarve, IP, no dia 12 de Março, onde proferiu uma palestra dedicada à Medicina de Catástrofe, na Universidade do Algarve.

 

 

francesco_della_corte2.jpgA sessão, a que assistiram cerca de meia centena de participantes, marcou o inicio de uma formação promovida pela ARS Algarve, IP dirigida a médicos e enfermeiros dos Serviços de Urgência dos Hospitais de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio que irá decorrer entre Março e Abril, através de uma plataforma e-learning, com utilização de bancas práticas e simuladores terminando com uma simulação.

No decorrer da sua apresentação, o Professor Francesco Della Corte traçou um breve resumo sobre a evolução ao longo do tempo do conceito de medicina de catástrofe como um «novo ramo da medicina», explicando que «os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos EUA marcaram o ponto de viragem em relação à medicina de catástrofe», sendo que a partir desse momento «passou a existir um maior interesse científico pelo tema».

Citando o Manifesto for Emergency Medicine in Europe, o Professor Della Corte definiu a catástrofe como «uma situação em que existe um desequilíbrio entre a necessidade imediata de cuidados médicos e os recursos disponíveis, o que não é o caso da medicina de emergência normal» por isso, a «formação específica de preparação para as catástrofes» é «extremamente essencial» para todos os técnicos de saúde salientou o especialista, comparando estas situações com outras situações clínicas cuja «proporção depende das necessidades e das respostas» no momento. 

francesco_della_corte1.jpgO Director do European Master em Disaster Medicine enumerou os vários tipos de catástrofes, tais como as «catástrofes naturais e as tecnológicas provocadas pela acção do Homem», explicando que o desenvolvimento tecnológico teve como consequência o surgimento de catástrofes relacionadas com o comportamento humano que, só no século XX, vitimaram vários milhões de pessoas.

No entender do Professor Della Corte, a medicina de catástrofe baseia-se geralmente em três grandes pilares: «medicina de emergência numa primeira fase, a intervenção de saúde pública numa segunda fase», e recentemente surge com destaque um terceiro pilar – a «medicina humanitária» que cada vez mais se assume como o elemento aglutinador envolvendo as restantes e como a base da medicina de catástrofe. 

Por outro lado, o especialista realçou a importância da triagem das vítimas em cenários de catástrofe, que segundo ele, assume-se como «um processo dinâmico», «continuo», muitas vezes «envolvendo considerações éticas».

 

«Não conseguimos salvar toda a gente, mas temos de fazer o nosso melhor para salvar o maior número de pessoas possível», destacou, sublinhando que o estar a trabalhar numa urgência hospitalar é completamente diferente de estar num cenário de catástrofe sobretudo em termos de proporção de profissionais de saúde por vítima.

 

francesco_della_corte3.jpg«Comando, controlo, coordenação» são as palavras-chave centrais para lidar da melhor forma com estas situações, sendo a preparação o essencial para lidar com a situação no terreno e fazer a melhor triagem. «É uma situação de escolha» que requer uma «avaliação rápida das vítimas» para um tratamento optimizado.

 

Neste âmbito, sendo os serviços de urgência «a porta de entrada e recepção de uma catástrofe», a organização e gestão hospitalar, aliada ao trabalho dos seus profissionais, são «extremamente relevantes», devendo ainda contemplar a necessidade de elaboração de um plano de emergência «não só no papel», mas implementado localmente e que «possa ser testado». Um bom plano de emergência deve «ser flexível mas com regras rígidas», sendo divulgado e envolvendo sempre todos os profissionais.

 

Neste sentido, o Professor Della Corte falou ainda um pouco acerca da sua experiência nesta área realçando que «os simulacros e os exercícios serão o futuro da medicina de catástrofe», dando alguns exemplos dos exercícios e dos treinos realizados no âmbito do Master in Disaster Medicine, que, normalmente, «envolvem como actores os estudantes de medicina do último ano do curso, em que estes se transformam em vítimas com quadros clínicos bastante realistas ficando deste modo com uma melhor preparação e noção das realidades que mais tarde terão de enfrentar» em situações reais.

 

Breve Biografia:

Francesco Della Corte, médico, especialista em Anestesiologia e em Cuidados Intensivos desde 1982, Director do Departamento de Emergência e do Departamento de Medicina da Azienda Ospedaliera Universitaria «Maggiore della Carita», Novara, Itália; Director dos Internatos de Anestesiologia de Emergência e de Cuidados Intensivos, Professor da Cadeira de Emergência Médica da Università del Piemonte Orientale «A. Avogadro»; Professor de Emergência e Medicina de Catástrofe (1991-2000) – Universidade Católica de Roma; Director do European Master in Disaster Medicine desde 2000-2001, foi Membro da Comissão de Planeamento e Prevenção de Desastres Naturais, do Ministério Italiano de Protecção Civil; dedica-se à investigação nas áreas da Anestesiologia, Cuidados Intensivos e Medicina de Catástrofe.

 

Faz parte das Sociedades Europeias de Cuidados Intensivos e Emergência Médica, e das Sociedades Italianas Anestesiologia, Analgesia e Cuidados Intensivos. Publicou vários artigos e Manuais nas áreas da sua especialidade em Revistas e com Editoras Internacionais, colaborando ainda como revisor das seguintes revistas da Especialidade: European Journal Emergency Medicine, Minerva Anesthesiologica, Intensive Care Medicine, International Journal of Disaster Medicine, Critical Care Medicine – American Journal of Disaster medicine.

 

medicina_catastrofe.jpgMais informações: European Master in Disaster Medicine

 

 

 

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