Gestão de enfermagem ganha novo impulso no Centro Hospitalar do Algarve
A recente implementação da figura do enfermeiro de coordenação nas unidades de Portimão e Lagos vem «facilitar a articulação entre os serviços e potenciar a cada momento, uma resposta mais adequada, mais ajustada e mais eficaz às necessidades dos doentes». Quem o assegura é José Vieira Santos, Enfermeiro Diretor do Centro Hospitalar do Algarve.
Desenvolvida por enfermeiros seniores que desempenham funções de gestão nos serviços, a coordenação de enfermagem assume-se como uma estrutura macro na gestão e dinâmica hospitalar. Com uma visão geral e um conhecimento global do funcionamento dos serviços hospitalares, os enfermeiros de coordenação têm como principal função «coordenar a atividade assistencial dos enfermeiros e assistentes operacionais, facilitando a articulação entre os diversos serviços e estabelecendo a ponte entre o internamento e a urgência, num complemento ao trabalho realizado pelos diretores de serviço e chefias de enfermagem».
Segundo o Enfermeiro Diretor do CHAlgarve, o papel do enfermeiro de coordenação no acompanhamento e apoio à tomada de decisão, não só «agiliza o circuito do doente dentro do hospital, como optimiza a racionalização de recursos humanos, materiais e equipamentos entre serviços, o que resulta numa resposta mais pronta, mais consistente e mais segura às necessidades dos doentes».
É o enfermeiro de coordenação que, em conjunto com o médico chefe de banco, assume no terreno a gestão integrada dos recursos, monitorizando o fluxo assistencial dos serviços e mobilizando, a cada momento, os meios mais adequados e mais ajustados face às necessidades sentidas. Promove-se desta forma uma maior flexibilidade e agilidade para responder eficazmente à demanda hospitalar.
A perspectiva global e integrada do enfermeiro de coordenação, permite-lhe atuar como elo facilitador na dinâmica organizacional, estando «dotado de autoridade para, por exemplo, mobilizar enfermeiros de um serviço que esteja menos congestionado para outro serviço que esteja com maiores necessidades, ou promover a partilha entre serviços de determinados recursos materiais e equipamentos, ou ainda, em estreita articulação com o Serviço de Urgência, agilizar os internamentos, identificando as camas disponíveis em cada momento e a melhor forma de as rentabilizar».
A complexidade das estruturas e das equipas hospitalares, compostas por profissionais com conhecimentos, competências e níveis de experiência diferentes, exigem este «esforço de coordenação que facilite, por um lado, a articulação entre os profissionais e, por outro, apoie as tomadas de decisão de forma célere e segura, com ganhos efectivos em termos de resposta assistencial, de uma forma integradora e global», conclui o Enfermeiro Diretor reconhecendo no enfermeiro de coordenação «um elemento estratégico de apoio à gestão».