III Fórum Regional de Saúde do Algarve dedicado à comemoração dos 30 Anos do SNS
A análise do Serviço Nacional de Saúde no país e na região, os ganhos em saúde verificados nos últimos 30 anos, a evolução recente e as realidades regionais foram alguns dos temas em debate durante o III Fórum Regional de Saúde do Algarve, dedicado à comemoração dos 30 anos do SNS, que decorreu esta sexta-feira, 22 de Maio, no auditório da Escola Superior de Saúde de Faro.
A análise do Serviço Nacional de Saúde no país e na região, os ganhos em saúde verificados nos últimos 30 anos, a evolução recente e as realidades regionais foram alguns dos temas em debate durante o III Fórum Regional de Saúde do Algarve, dedicado à comemoração dos 30 anos do SNS, que decorreu esta sexta-feira, 22 de Maio, no auditório da Escola Superior de Saúde de Faro.
Organizado pela Administração Regional de Saúde do Algarve, IP e Unidade de Comunicação em Saúde, Instituto de Medicina Preventiva, FML, a iniciativa juntou cerca de uma centena de profissionais de saúde da região que durante a manhã assistiram ao painel dedicado ao tema «Serviço Médico à Periferia», moderado pela jornalista Conceição Branco e com a participação da Dra. Valentina Tavares de Sousa (Saúde Pública), Dr. Álvaro Pereira (Medicina Geral e Familiar), Dr. Veloso Gomes (Cardiologia), Dr. José Cabral (Medicina Geral e Familiar), Dra. Ana Vicente (Medicina Geral e Familiar) e Dr. Luís Batalau (Pediatria), que aproveitaram o momento para trocarem as suas experiências profissionais retratando desta forma uma das mais extraordinárias decisões políticas com relevo na saúde dos portugueses, a criação do Serviço Médico à Periferia (1975-1982).
Ao inicio da tarde, a Directora do Departamento de Estudos e Planeamento ARS Algarve, IP., Dra. Ana Cristina Guerreiro e o Director do Departamento de Saúde Pública ARS Algarve, IP., Dr. Francisco Mendonça abordaram a questão dos Ganhos em Saúde verificados nos últimos 30 anos.
No final realizou-se uma conferência proferida pelo Prof. Manuel Villaverde Cabral do Instituto Ciências Sociais, UL, sob a moderação do jornalista José Vítor Malheiros, durante a qual apresentou alguns resultados de um trabalho elaborado acerca do recurso ao Sistema de Saúde e a avaliação dos cuidados prestados.
Ao longo dos últimos 30 anos o Serviço Nacional de Saúde, apesar das suas conhecidas limitações, revelou-se com uma poderosa ferramenta de modernização e de desenvolvimento do país, sendo hoje unanimemente aceite como um dos pilares do Estado Social.
O progresso verificado nos últimos 30 anos na área da saúde foi extraordinário, no entanto, foi necessário esperar pela Revolução de Abril de 1974, para que o Direito à Saúde se concretizasse, passando a Constituição de 1976 a reconhece-lo como um direito de todos os cidadãos, garantido pelo Serviço Nacional de Saúde, universal, geral e tendencialmente gratuito, concretizado em 1979.
A esperança de vida à nascença e a mortalidade no primeiro ano de vida são os principais exemplos do sucesso da implementação do SNS. Em 30 anos a esperança de vida à nascença, passou de 68 anos para 78 anos, isto é mais 10 anos de esperança de vida à nascença e a taxa de mortalidade infantil no 1º ano de vida, passou de 31/1000 em 1974 para 3,4/1000 em 2007.
