Ministro da Saúde presidiu Cerimónia de Abertura do 29º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar em Vilamoura
Sob o lema «Gerir a mudança, gerar confiança», decorreu no Hotel Tivoli Marina em Vilamoura, entre 14 e 17 de março, o 29º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar, promovido pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Durante o encontro, centenas de médicos de família de todo o país partilharam ideias em torno da organização e evolução dos cuidados de saúde primários em Portugal. A cerimónia de abertura foi presidida pelo Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, que elogiou importante papel dos médicos de medicina geral e familiar na melhoria continua do Serviço Nacional de Saúde.
Sob o lema «Gerir a mudança, gerar confiança», decorreu no Hotel Tivoli Marina em Vilamoura, entre 14 e 17 de março, o 29º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar, promovido pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Durante o encontro, centenas de médicos de família de todo o país partilharam ideias em torno da organização e evolução dos cuidados de saúde primários em Portugal. A cerimónia de abertura foi presidida pelo Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, que elogiou importante papel dos médicos de medicina geral e familiar na melhoria continua do Serviço Nacional de Saúde.
No decorrer da cerimónia, que contou com a presença do Presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Dr. João Sequeira Carlos, Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Dr. Serúca Emídio, do Presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), do Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. José Manuel Silva, o Ministro da Saúde destacou a importância deste tipo de encontros, mostrando-se disponível para «receber todos os contributos, ideias e sugestões que surjam neste encontro» com vista ao desenvolvimento da medicina geral e familiar e simultaneamente melhorar o Serviço Nacional de Saúde.
Reconhecendo a situação difícil que o país atravessa, o Ministro da Saúde sublinhou, durante a sua intervenção, que «as crises não são desculpa para o que não se faz, mas que deverão servir de motivação para fazer melhor com maior eficiência e com consciência dos nossos atos», destacando que «as reformas não param, adequam-se às circunstâncias em que devem ser implementadas», «contando com todos para esta tarefa de melhorarmos o SNS sem cedências a interesses transitórios», tendo como «intenção servir os portugueses».
No seu discurso, Dr. Paulo Macedo, realçou ainda que o Ministério da Saúde se encontra neste momento a trabalhar em várias vertentes com o objetivo de melhorar o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde primários e combater a carência de médicos de família, assegurando que «a prioridade de concretização da reforma dos cuidados de primários é dar médico de família a todos os portugueses».
Para alcançar esta prioridade, Dr. Paulo Macedo frisou que «estamos apostados em suprir as nossas carências e completar os nossos quadros com recurso aos nossos médicos especialistas em medicina geral e familiar que forem terminando o internato», garantindo que o Ministério da Saúde vai «acelerar os processos concursais junto das entidades responsáveis, e, simultaneamente, iremos alargar o número de vagas para esta especialidade».
«Não é verdade que queiramos afastar as pessoas das unidades de serviço de saúde, pelo contrário. Tal como não é verdade que apenas tenhamos uma visão curativa dos cuidados primários», reiterou o Ministro da Saúde, salientando que «estamos focados na necessidade de promover a saúde e prevenir a doença e por isso queremos mais cidadãos no SNS».
Uma das medidas a implementar é a «reorganização da lista de utentes», referindo que «vamos expurgá-las de duplas e triplas inscrições, retirar os utentes falecidos padronizar o grau de complexidade do grupo de doentes atribuídos a cada médico».
Por outro lado, o Ministro lembrou ainda que «a atuação das unidades de saúde não se esgota nos cuidados de manutenção curativa e na prescrição de medicamentos e meios complementares de diagnóstico», frisando que «queremos um papel progressivamente maior e tecnicamente bem enquadrado do enfermeiro de família e para isso contamos com os nossos médicos para que essa articulação seja eficaz e frutuosa».
No campo da organização dos Cuidados Primários, o Ministro da Saúde explicou que vão «prosseguir com o reagrupamento dos ACES», frisando que com esta medida «não pretendemos retirar capacidade operacional para os programas e planificação de projetos», mas assegurar que «a dimensão do espaço de atuação dos conselhos clínicos dos ACES seja o adequado para o cumprimento das suas funções». Por outro lado, o Ministério da Saúde continua a apostar na «expansão das Unidades de Saúde Familiar», deixando a garantia de que «até ao final do semestre estamos em condições de aprovar um conjunto significativo de candidaturas a nível nacional».
Na sua intervenção, aproveitou o momento para reforçar que um dos objetivos primordiais para a sustentabilidade e melhoria do SNS passa pelo «cumprimento escrupuloso de uma política de prescrição racional de medicamento e meios complementares de diagnóstico baseada na evidência e no melhor juízo clinico, sendo este um passo essencial para a utilização das normas de orientação clinica».
A terminar o Ministro da Saúde, aludindo ao tema desta edição do encontro «gerir a mudança, gerar confiança», deixou uma palavra de incentivo a todos os profissionais de medicina geral e familiar e os médicos de família: «Tenham orgulho na vossa profissão e em serem profissionais de saúde, pois, têm uma oportunidade única de fazer a diferença todos os dias podem ver que acrescentam valor, e o importante papel que podem assumir junto das famílias nesta altura em que nos encontramos».
De referir que o arranque do 29º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar contou com a participação do Prof. Roberto Carneiro que proferiu a conferência inaugural dedicada ao tema da Liderança e Motivação, sendo que durante três dias decorreram diversos Workshop’s, palestras e conferências, com o objetivo de refletirem e apresentarem ideias sobre o futuro dos cuidados de saúde primários em Portugal.
