Projeto-piloto «Alta Segura» da APSI implementado nas maternidades hospitalares do Algarve veio reforçar a segurança infantil logo na primeira viagem
Realizou-se, no dia 17 de abril, a apresentação pública do projeto «Alta Segura» no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio EPE e no Hospital de Faro EPE, que visa dotar as unidades de saúde com maternidades a nível regional do Algarve, de forma oficializada, com recursos humanos especialmente treinados e formados na segurança do recém-nascido no automóvel e com recursos materiais e informativos necessários ao ensino e demonstração às famílias, para que o transporte no momento da Alta da maternidade seja feito em condições de segurança adequadas.
Realizou-se, no dia 17 de abril, a apresentação pública do projeto «Alta Segura» no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio EPE e no Hospital de Faro EPE, que visa dotar as unidades de saúde com maternidades a nível regional do Algarve, de forma oficializada, com recursos humanos especialmente treinados e formados na segurança do recém-nascido no automóvel e com recursos materiais e informativos necessários ao ensino e demonstração às famílias, para que o transporte no momento da Alta da maternidade seja feito em condições de segurança adequadas.
A apresentação contou com a presença do Diretor Geral da Saúde, Dr. Francisco George, do vogal do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve IP, Dr. Miguel Madeira, do vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, Dr. Francisco Coutinho, do Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro, Dr. Pedro Nunes, e da Presidente da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), Dra. Sandra Nascimento.
O projeto, existente como um objetivo da APSI «há muitos anos», como referiu a Presidente da associação, Dra. Sandra Nascimento, foi apresentado publicamente no decorrer da manhã nos dois hospitais públicos da Região do Algarve, e vem contribuir para que, a partir de agora, todos os pais tenham a oportunidade de beneficiar dos conhecimentos dos profissionais de saúde na neonatologia e da obstetrícia sobre como transportar, de forma mais segura, o recém-nascido membro da família, logo à saída da maternidade.
No decorrer das apresentações no CHBA e no Hospital de Faro do Projeto Alta Segura, a APSI entregou a cada unidade hospitalar a oferta simbólica de uma Cadeirinha de transporte infantil. Foram ainda efetuadas demonstrações práticas de ensinamento, realizadas por duas enfermeiras, sobre a colocação do «ovinho» no banco de demonstração, como deve ser instalado no carro, e o respetivo carimbo no Boletim de Saúde da criança, fornecido na altura da Alta da maternidade.
Por seu lado, o Diretor Geral da Saúde, Dr. Francisco George, realçou este «bom exemplo de colaboração» entre as entidades do Estado e do privado, mostrando a abertura da Direção Geral da Saúde para investir neste tipo de projetos, sublinhando a necessidade de dar «mais importância à formação sobre a segurança infantil».
A implementação do Alta Segura no Algarve é uma iniciativa da APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil, apoiada pelo Fórum Algarve.
Sobre Segurança Rodoviária e Sistemas de Retenção para Crianças
Os acidentes rodoviários são a maior causa de morte e incapacidade permanente em crianças na Europa e em Portugal. Apesar da segurança rodoviária, na última década, ter melhorado consideravelmente, tendo Portugal alcançado a melhor média de redução da mortalidade infantil por acidentes rodoviários, as crianças abaixo dos 14 anos ainda representam 3,2% do total da mortalidade rodoviária. Quase 50% destas mortes acontecem com crianças passageiras de automóveis.
A utilização de um sistema de retenção para crianças (SRC), vulgarmente designado por “cadeirinha”, adequado e bem instalado, reduz a ocorrência de morte ou ferimentos graves em crianças entre 90-95% (cadeira virada para trás) e 60% (cadeira virada para a frente). No entanto, os erros na utilização dos SRC podem reduzir substancialmente o nível de proteção.
A utilização incorreta e/ou desadequada dos sistemas de retenção para crianças está relacionada, em grande medida, com a falta de informação fidedigna, consistente e clara dirigida às famílias. Da mesma forma, a ausência de conhecimentos técnicos específicos por parte dos profissionais – nomeadamente os da saúde – que têm responsabilidade no aconselhamento das famílias e possuem, por isso, grande poder de influência nas suas escolhas e decisões contribui de forma determinante para esta realidade.
Sobre a APSI
A APSI, Associação para a Promoção da Segurança Infantil é uma associação privada sem fins lucrativos, com o estatuto de utilidade pública, que tem como objetivo promover a união e o desenvolvimento de esforços para a redução do número e da gravidade dos acidentes e das suas consequências nas crianças e jovens em Portugal. É sua missão promover a melhoria da qualidade de vida das crianças e jovens e assegurar o desenvolvimento de um ambiente promotor de saúde que lhes permita crescer em segurança e desenvolver-se plenamente a nível físico, psico-motor e sociocognitivo.
