Saúde informou sobre «Namoro imperfeito» nas escolas secundárias de Faro no Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres
Cerca de 300 alunos do 10º e 11º ano de Cursos Profissionais das Escolas Secundárias Tomás Cabreira, João de Deus e Pinheiro e Rosa, participaram nas ações de sensibilização intituladas «Namoro Imperfeito» sobre a temática da Violência no Namoro, realizadas no dia 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, pelo Grupo de Trabalho da Violência ao Longo do Ciclo de Vida da ARS Algarve IP, em colaboração com a Equipa de Saúde Escolar da Unidade de Cuidados na Comunidade de Faro do ACES Central.
Cerca de 300 alunos do 10º e 11º ano de Cursos Profissionais das Escolas Secundárias Tomás Cabreira, João de Deus e Pinheiro e Rosa, participaram nas ações de sensibilização intituladas «Namoro Imperfeito» sobre a temática da Violência no Namoro, realizadas no dia 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, pelo Grupo de Trabalho da Violência ao Longo do Ciclo de Vida da ARS Algarve IP, em colaboração com a Equipa de Saúde Escolar da Unidade de Cuidados na Comunidade de Faro do ACES Central.
Com o objetivo de sensibilizar alunos e professores sobre a violência nas relações de intimidade e de promover relações saudáveis e igualitárias, as técnicas de saúde do Grupo de Trabalho da Violência ao Longo do Ciclo da ARS Algarve IP abordaram a temática da violência no namoro na Escola Secundária Tomás Cabreira para uma audiência de alunos entre os 15 e os 19 anos de idade.
Tendo sido divididos em grupos de «vítimas» ou «agressores», de forma aleatória, pelas técnicas de saúde, os alunos foram abordados durante a sessão de 90 minutos com questões sobre o que é a violência no namoro, como é identificada, que tipos de mitos existem e o que fazer para quebrar o ciclo de agressão e de violência.
Com o intuito de criar um ambiente de interação, foram levantados cenários possíveis sobre o exercer de poder e o controlo físico, psicológico, económico ou sexual sobre o outro, permitindo aos alunos participar ativamente na discussão sobre a importância de ter uma relação saudável e equilibrada, como agir nas situações de violência que atingem todas as classes sociais e partilhar eventuais experiências testemunhadas.
«Denunciar sempre uma situação de violência porque é um crime público» e «Pensar na proteção da vítima e procurar ajuda para o agressor», forma alguns dos conselhos deixados pelas técnicas de saúde ao jovem público.
Segundo os dados da Comissão para Igualdade de Género (CIG):
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Cerca de 25 a 35 % jovens interpretam a violência como uma manifestação de amor;
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25,4% dos jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 29 anos revelaram ter sido vitimas de pelo menos um ato violento no último ano;
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33% das raparigas não consideram que numa relação de namoro exista abuso sexual.
Segundo o estudo de Machado, Matos e Martins da Universidade do Minho (2009):
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Cerca de 21,7% dos estudantes admitem já ter adoptado comportamentos violentos com os seus parceiros;
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35% dos rapazes mostram-se de acordo com as atitudes violentas que justificam, negam ou minimizam;
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23% dos jovens considera as raparigas como inferiores.
Contudo, estudos nesta área têm sido difíceis de desenvolver por variados motivos, entre os quais: dificuldade na definição desta tipologia de violência, de acesso à população em estudo (é necessária autorização dos pais ou responsáveis) e à existência de um vazio legal na maior parte dos países.
Em Portugal este crime é público e insere-se dentro do Crime de Violência Doméstica.
