Serviço Nacional de Saúde comemorou 30 anos
O sociólogo António Barreto, classificou o Serviço Nacional de Saúde como «jóia da coroa» da democracia portuguesa, na intervenção realizada nas cerimónias de comemoração dos 30 Anos do SNS, realizadas no dia 8 de Julho no Centro Cultural de Belém, onde proferiu uma prelecção intitulada «A certeza de Saúde».
O sociólogo António Barreto, classificou o Serviço Nacional de Saúde como «jóia da coroa» da democracia portuguesa, na intervenção realizada nas cerimónias de comemoração dos 30 Anos do SNS, realizadas no dia 8 de Julho no Centro Cultural de Belém, onde proferiu uma prelecção intitulada «A certeza de Saúde».
Depois da intervenção de Josep Figueras, Director do Observatório Europeu de Políticas e Sistemas de Saúde, que salientou durante a sua intervenção, as vantagens e a superioridade dos modelos públicos de sistemas de saúde, e explicou a situação actual do sistema de saúde dos Estados Unidos da América, e as reformas em curso, António Barreto considerou o Serviço Nacional de Saúde o melhor serviço público português e uma das áreas em que Portugal mais avançou desde a revolução de Abril, considerando que a saúde foi mais longe do que qualquer outro serviço público português, em termos de eficiência, equilíbrio, harmonia, paz social e modernização, salientando que os resultados obtidos em termos de mortalidade infantil, foram «o maior triunfo da sociedade portuguesa em 30 anos».
O Prof. Dr. Manuel Villaverde Cabral apresentou pela primeira vez os resultados do estudo «O Estado da Saúde em Portugal», agora publicado em Livro pela Editora Imprensa de Ciências Sociais, em co-autoria com Pedro Alcântara da Silva, onde faz o balanço da evolução do estado da saúde dos portugueses entre 2001 e 2008. Referindo como principais resultados, que a utilização por via directa do SNS apresenta um acréscimo significativo entre 2001 e 2008, que melhorou a acessibilidade geográfica e a cobertura por médico de família, que há uma maior utilização dos Centros de Saúde e Hospitais por parte dos utentes, o funcionamento dos Centros de Saúde é avaliado mais positivamente pelos utilizadores efectivos em 2008 do que em 2001 e que existe uma subida moderada mas generalizada da satisfação com a qualidade do funcionamento dos diferentes tipos de serviços públicos de saúde.
Sucederam-se intervenções do Prof. Dr. Sobrinho Simões, investigação médica, do Padre Vítor Melícias, cuidados continuados, do Dr. Jorge Simões, hospitais públicos, do Prof. Dr. Alberto Amaral, recursos humanos e do Prof. Dr. Constantino Sakellarides, cuidados de saúde primários.
As comemorações terminaram com os discursos da Ministra da Saúde Ana Jorge, e do Primeiro-ministro José Sócrates, tendo a Ministra da Saúde Ana Jorge destacado no seu discurso que «O SNS é, hoje, amplamente reconhecido e citado como uma formidável realização social de Portugal. Foi uma promessa e um fruto da nossa democracia e tem sido um instrumento valioso para garantir o futuro de uma sociedade mais justa, livre e democrática» e anunciado a decisão do Governo de escolher o dia 15 de Setembro, como o Dia do Serviço Nacional de Saúde, respondendo a uma proposta do Dr. António Arnault, «A institucionalização deste dia não é um acto simbólico de tipo comemorativo. O seu objectivo principal é o de instituir a prática regular de, ano após ano, efectuar um balanço público dos progressos e das realizações conseguidas, de reequacionar as dificuldades, de perspectivar os caminhos a prosseguir.»
O Primeiro-ministro, José Sócrates, reiterou a confiança do Governo no SNS, dizendo que «não haverá outro que mereça tanto ser público», aproveitando a ocasião para homenagear «todos os que tiveram a visão politica» que conduziu à criação do Serviço Nacional de Saúde e, muito particularmente, ao «pai» do SNS, o Dr. António Arnault, presente no evento.
