Teleconsultas
Os equipamentos de videoconferência começaram a ser utilizados em 2006 sobretudo para transmitir as sessões clínicas semanais do Hospital de Faro para os centros de saúde (até 2008), continuando-se a ter uma utilização residual em teleconsultas, sendo as primeiras na área da medicina interna (diabetologia).
Pelo seu caráter inovador, destacam-se os nomes dos profissionais que se disponibilizaram para realizar estas primeiras teleconsultas em 2006: Dr. Carlos Godinho (HDF – Diabetologia); Dr. Mário Lázaro (HDF – Medicina Interna 2); Dr. Carlos Sousa (CS S. Brás); Dr. Serge Conceição (CS de VRSA); Dra. Helena Boavida (CS de Olhão); Dra. Lídia Cruz (CS de VRSA); Dra. Odete Dourado (CS de VRSA); Dra. Teresa Silva (CS de VRSA).
O projeto financiado no âmbito do INTERREG finalizou em 2008 e por este motivo houve uma certa paralisação nas atividades de telemedicina até 2012, data em que foi criada a nível nacional um Grupo de Trabalho para a Telemedicina, cujo responsável regional foi novamente o Dr. António Pina.
Em 2012 procedeu-se à resolução de problemas tecnológicos de comunicação entre o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e os centros de saúde, pelo que em 2013 esta unidade hospitalar passou a ter finalmente as condições técnicas para iniciar teleconsultas na sua área de influência.
No entanto, ainda em setembro de 2007 arrancou o serviço de teleconsultas de Dermatologia entre o Hospital de Faro e os vários Centros de Saúde da sua área de influência, sempre a cargo do responsável por este serviço hospitalar, Dr. Larguito Claro (ver noticia de 29 de agosto de 2012), tornando-se esta atividade progressivamente um pilar fundamental na prestação de serviços de dermatologia no Algarve, como se pode verificar pela evolução no número de consultas:
ANO |
2011 |
2012 |
2013 |
2014 |
2015 |
2016 |
Nº consultas |
562 |
543 |
765 |
1041 |
1358 |
1639 |
Fruto desta articulação, em 2015 foi criado um serviço de pequena cirurgia no centro de saúde de Vila Real de Sto António com o apoio do Hospital (ver noticia de 7 de março de 2016).
Em 2013 foi efetuado um inquérito aos médicos de família para verificar as dificuldades em telemedicina e possíveis soluções. Apesar da generalizada satisfação por estes serviços, foi identificado como problema maior a questão da falta de pontualidade por parte do apoio hospitalar no agendamento da hora da teleconsulta (devido à escassez de recursos no hospital), obrigando os médicos de família e os utentes a esperar demasiado tempo. Para minorar este problema, solicitou-se que sempre que possível, a teleconsulta passasse a funcionar apenas com um médico de família por centro de saúde. Outro problema identificado foi a impossibilidade de fazer teleconsultas em locais mais periféricos onde não havia banda larga ou o equipamento.Em 2015, este Serviço foi o que mais teleconsultas fez em todo o País.
Uma solução para estes dois problemas tem sido também a implementação do novo serviço do rastreio teledermatológico, que consiste no envio de fotografias da lesão dermatológica, para receber do especialista hospitalar o devido feedback através de software próprio.
Este novo serviço faz parte de um programa nacional implementado pelo Grupo de Trabalho da Telemedicina e foi iniciado em 2015 no Algarve.
A ARS Algarve adquiriu e distribuiu 12 máquinas fotográficas pelos ACES para dar início ao programa que, em 2015, teve o melhor desempenho nacional por habitante (taxas calculadas segundo as estimativas da população residente por NUTS II do INE em 2014), e mereceu diversos prémios (ver noticia de 4 de julho de 2016):
Também em 2013 iniciámos a teleconsulta na especialidade de Reumatologia com o apoio da responsável pelo serviço no Centro Hospitalar do Algarve, Dra Graça Sequeira (ver noticia de 19 de agosto de 2014). Estas teleconsultas têm vindo a crescer paulatinamente e, dentro desta especialidade, têm sido únicas a nível nacional:
ANO |
2013 |
2014 |
2015 |
2016 |
Nº consultas |
5 |
30 |
43 |
29 |